Resenha - Every Day

Sinopse: Every day a different body. Every day a different life. Every day in love with the same girl. A has no friends. No parents. No family. No possessions. No home, even. Because every day, A wakes up in the body of a different person. Every morning, a different bed. A different room. A different house. A different life. A is able to access each person's memory, enough to be able to get through the day without parents, friends, and teachers realizing this is not their child, not their friend, not their student. Because it isn't. It's A. Inhabiting each person's body. Seeing the world through their eyes. Thinking with their brain. Speaking with their voice. It's a lonely existence--until, one day, it isn't. A meets a girl named Rhiannon. And, in an instant, A falls for her, after a perfect day together. But when night falls, it's over. Because A can never be the same person twice. But yet, A can't stop thinking about her. She becomes A's reason for existing. So each day, in different bodies - of all shapes, sizes, backgrounds, walks of life - A tries to get back to her. And convince her of their love. But can their love transcend such an obstacle?

fonte: Skoob



Como vocês devem ter percebido, depois de muito tempo, li um livro inteiro em inglês de novo. Eu demorei muito mais tempo do que é normal para mim, o que é um sinal que eu preciso treinar mais minha leitura. Vamos começar primeiro com a história: A acorda em um corpo diferente todo dia. Garoto ou garota, alto ou baixo, popular ou não, a única constante é que sempre assume o corpo de alguém que tem a sua idade. Para que ninguém suspeite, A é capaz de acessar as memórias necessárias para sobreviver ao dia, até que ele mude de corpo, a meia-noite.

É uma jornada bem solitária e A se esforça para não criar conexões, para não sair dos trilhos com a vida daquele ser humano que ele está habitando. Até que um dia ele encontra a namorada do rapaz em que está habitando naquele dia: Rhiannon torna-se indispensável para A desde o primeiro instante que é vista e A se apaixona perdidamente por ela. Assim, dia após dia, Rhiannon se vê cercada por rostos diferentes, dizendo o quanto ela é especial e o quanto é amada.

"Eu me pego sorrindo enquanto ela se aproxima e ela sorri de volta. Simples assim. Simples e complicado, como a maioria das coisas são. Eu me pego procurando por ela após o segundo período e, de novo, depois do terceiro e do quarto período. Eu não posso nem controlar. Eu quero vê-la. Simples. Complicado."



Para começar, não tem como saber se A é um menino ou uma menina. Simplesmente vive diferentes vidas, uma por dia, sem se sentir estranho em nenhuma delas. E isso foi uma dos pontos que eu mais gostei no livro: o autor teve a oportunidade de tratar dos mais diversos assuntos num único livro porque a cada capítulo, ele podia descrever uma história completamente nova. David Levithan tratou de personalidades e histórias chocantes e polêmicas, especialmente considerando que todos tem mais ou menos dezesseis anos. Há envolvimento com drogas, há acidentes trágicos e um velório; há divergências religiosas e comportamentais. Há diversos casais homossexuais e não tem nenhum preconceito envolvendo isso -mesmo que Rhiannon ficasse um pouco sem jeito quando A assumia a forma de uma garota.

Quando esses dois se encontram, ambas as vidas tem uma reviravolta considerável, já que A para de se preocupar tanto com os corpos que está habitando e passa a viver mais em função do seu amor, enquanto ela tenta assimilar seus sentimentos por A, mas também a dificuldade que existe, pois eles podem acordar separados por milhas e milhas de distância e, queira ou não, ela nunca poderá ter uma vida normal se decidir acompanhar A; ela vai ter que ficar sempre esperando por e-mail, dizendo se naquele dia eles poderão se encontrar ou não.

Eu realmente achei toda essa fixação da parte de A um tanto massante e chata. Em alguns momentos, não conseguia respeitar o espaço dela e queria, de qualquer modo, que ela desistisse de tudo porque o amor que ela recebia deveria ser suficiente. É uma opinião muito pessoal, mas eu não gosto nenhum pouco dessa pressão diante de um caminho tão tortuoso e sem garantias. Porém, A não é um personagem que eu não gostei e muitos dos seus pensamentos são profundos e valem uma reflexão, pois como ele mesmo coloca, ele tem a possibilidade de conhecer muitos tipos de realidades e de adversidades. Quando perguntado qual a sua vida favorita, ele responde:

"Um vez, eu estava no corpo de uma garota cega. (...) Eu não sei se a vida dela foi minha favorita, mas eu aprendi mais com ela em um dia do que eu aprendi com a maioria das pessoas em um ano. Isso me mostrou o quão arbitrário e individual é a forma que experimentamos o mundo. Não apenas nossos outros sentidos são mais afiados, mas também encontramos formas de navegar o mundo, independente da forma em que ele nos é apresentado"



Eu perdi um pouco a vontade de ler lá pela metade do livro porque eu me senti um pouco perdida e parecia que aqueles capítulos não tinham tanto sentido. Mas quando o final foi se aproximando, tudo fica mais claro e os pensamentos de A acabam levando a um lugar, a uma meta. O final foi, para mim, maravilhoso e o único possível para a história ser ótima. A própria ideia em si já produzia uma curiosidade e David soube trabalhar bem com isso. Eu considerei o nível de inglês médio.
Para aqueles que não querem ler em inglês, os direitos de publicação foram comprados pela Galera Record e a publicação está confirmada para 2013.

Minha classificação final:

Coisas que talvez você queira saber

Autor: David Levithan;
Editora: Alfred A. Knopf Books for Young Readers;
Ano de Lançamento: 2010;
Páginas: 336



* Todas as traduções desse post foram livres e feitas por mim.

Resenha - Feios

Resenha: Tally está prestes a completar 16 anos, e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista – mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá. Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos – que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.

fonte: Skoob



Tally Youngblood passa suas noites olhando da janela do dormitório os fogos de artifícios que explodem no céu do outro lado do rio, em Nova Perfeição. Ela contava os dias para finalmente receber a operação que a deixaria perfeita: Olhos grandes, cabelos sedosos, corpo com movimentos equilibrados, rostos simétricos e... perfeitos.

Nos dois últimos meses antes dessa operação, estando sozinha -já que seus amigos já tinham completado 16 anos e estavam em suas novas casas-, Tally conhece Shay e através dessa nova garota, passa a descobrir que existem mundos diferentes além do cinturão verde que delimita a Vila. Por causa dessa nova amizade e devido às decisões da menina, toda sua vida e suas certezas mudam.

A história se passa na Terra, séculos após os Enferrujados -também conhecidos como seres humanos de agora- terem desaparecido. Nas novas cidades que surgiram, dividiram as pessoas de acordo com suas idades e, no decorrer da vida, todos eram submetidos a cirurgias que os adequaria com os padrões perfeitos. Segundo o Governo, essa seria uma forma de evitar que aquela sociedade acabassem seguindo o exemplo de seus antepassados.

"- Isso aí. E as pessoas se matavam por coisas como cor da pele diferente. (...) Então qual o problema de as pessoas serem mais parecidas agora? É o único jeito de tornarem as pessoas iguais."

Fala de Tally, página 47.



O que eu mais gostei no livro foi o assunto retratado: sobre a realidade escondida nas operações, sobre o quanto eles se julgavam tão diferentes dos Enferrujados mas ao mesmo tempo seguiam o mesmo caminho, também segregavam, também controlavam as pessoas com a força de uma ideia e de uma "lavagem cerebral" desde a infância. Os personagens em si não me cativaram muito e eu não criei nenhuma conexão especial com eles, nem fiquei apaixonada pela protagonista ou pelo casal da trama.

Outro ponto que me chamou a atenção é ver como a nossa geração atual era retratada: como patéticos destruidores da natureza, consumidores de petróleo e maníacos por destruição. Pode ser meio exagerado, mas talvez seja assim mesmo que nossa história será ensinada daqui algumas centenas de anos.
É muito engraçado ler a reação das pessoas do livro aos objetos de metal do passado: a descrença quando viram ruínas dos prédios, dos trilhos dos trens ou de helicópteros. A estranheza aos livros de papel e aos nossos padrões de beleza registrados em revistas antigas.

A princípio, a ideia das cirurgias pode ser estranha, parecer inaceitável para quem lê. Ou então pode imaginar que jamais se deixaria enganar por essas histórias de que todos devem ser iguais. Mas até que ponto o livro é uma distopia? Quando foi que parou-se de descrever a realidade? Talvez quando colocaram as pranchas voadoras.

Enquanto lia, principalmente quando se tratava de algum diálogo entre os Enfumaçados, uma cidade alternativa que foi fundada por fugitivos de Nova Perfeição, parecia que eu via semelhanças com V de Vingança, especialmente pela força que as ideias tem durante todo o livro.

"- Nem sempre tem a ver com dados econômicos. (...) A fraqueza pode ser também uma ideia."

Fala de David, página 338.



O final, é claro, deu abertura para o próximo livro, chamado Perfeitos e eu estou curiosa para começar a leitura. Não é meu livro favorito, mas achei interessante todas as transformações retratadas e há momentos que é impossível parar de ler porque você quer saber a explicação para tudo que está acontecendo. Levou um pouco de tempo para pegar o ritmo da leitura, mas é um livro que eu recomendo. Vamos ver o que temos no próximo.

Minha classificação final:

Coisas que talvez você queira saber

Autor: Scott Westerfeld;
Editora: Galera Record;
Ano de Lançamento: 2010;
Páginas: 415


Um Ano Sem Chuck

Sabe quando, de repente, você olha para trás e percebe que os dias passaram, você nem se deu conta e quando olhou para o calendário acabou percebendo: Há um ano, Chuck se despedia das telas das TV's.

Antes que perguntem, não, não é do boneco assassino que eu estou falando. Chuck foi uma série de televisão exibida pela NBC que contou com cinco temporadas -e o último episódio foi ao ar no dia 27 de janeiro de 2012-, muito personagens marcantes, muitas risadas e uma dor muito grande quando foi embora.


Tudo tem início quando Chuck Bartowski, um típico nerd de Burbank recebe um e-mail estranho no seu aniversário: Depois de anos seu ex-melhor amigo -que tinha feito com que ele fosse expulso da universidade- manda para Chuck uma série de dados ultra secretos e criptografados que, quando o e-mail é aberto, passam todos para o cérebro deste e ali ficam inativas, até que algum estímulo dispare um flash.
Esse conjunto de dados, denominado Intersect, é valiosíssimo para os EUA e, por isso, Chuck passa a ser supervisionado por dois espiões: Sarah Walker, agente da CIA e John Casey, agente da NSA. Os três juntos partem em missões perigosas e super divertidas através do mundo.

Claro que isso é um pequeno resumo da primeira temporada e que há severas transformações em todos os personagens da história. Pode ser, que a princípio, a série não pareça nada de mais, só um tipo clássico de história sobre espionagem e prisão dos bad guys mas desde o primeiro episódio a série me ganhou de uma tal maneira que me sinto muito órfã sem novos episódios.

Lógico que o clichê mais óbvio e mais lindo de todos esta presente aqui: Chuck se apaixona por Sarah e leva muito tempo até que ela finalmente assuma o quanto gosta dele também. Preciso confessar que eu nunca torci tanto para um casal fictício acabar junto como eu fiz com eles.


Mas não são só os dois que fazem da série algo tão importante a ponto de nos deixar com saudades. A grande maioria dos personagens é encantadora, divertida e unida. Claro que tem aqueles seres horríveis e detestáveis que só servem para atrapalhar e me fazer chorar, mas mesmo eles dão energia e movimento à série e são indispensáveis. Afinal, quem é que eles iriam espionar se todos fossem puros e castos?
Morgan, Casey, Capitan Awnsome, Ellie, General Beckman, Alex, Mr. e Mrs. Bartowski foram todos essenciais e acabaram me cativando, com todos seus defeitos e poréns.


Me lembro o quanto eu chorava assistindo alguns episódios, especialmente os três últimos, tanto por serem histórias mais tristes como por saber que estava no fim. Após um ano, Chuck ainda tem muitos fãs espalhados por aí, torcendo por um filme ou que, milagrosamente, gravem uma sexta temporada. Enquanto isso, revemos os episódios antigos, rimos e choramos revivendo essas emoções. (Isso é uma dica para quem convive mais de perto comigo: os boxes de todas as temporadas seriam um ótimo presente, viu? Nem precisa ser por uma data especial não ;))

Pode parecer anormal amar tanto uma série, mas nem minhas séries preferidas atuais mexeram tanto comigo como essa fez. Se um livro pode fazer isso, por que não outro tipo de estímulo? Eu só tenho uma palavra para toda essa história:

The Following

Novidade para todos os seriadores: saiu o primeiro episódio de The Following. Na série, Ryan Hardy é um ex-agente do FBI que lidera a busca a Joe Carroll, um diabólico serial killer que criou um culto ao redor de sua própria pessoa e seus crimes. Como ele mesmo disse, "todos precisam de amigos". Aposentado, Hardy foi o responsável por capturar Carroll nove anos antes e, por isso, sabe exatamente como o criminoso age, conhecendo-o melhor do que qualquer um. Entretanto, o ex-agente não é a mesma pessoa de anos atrás, já que traz feridas físicas e psicológicas ligadas ao caso



Já nesse episódio, nós vemos que Hardy tem que lidar com seus próprios demônios do passado, além de estrar um uma perseguição para salvar a vida da última vítima de Carroll. O mais interessante desse serial killer é a veneração que ele tem por Edgar Allan Poe e as referências às suas obras estão presentes o tempo todo, com referências às obras e a própria filosofia do autor.

Persuasivo para conseguir seus "aliados", Carroll deixa mais do que claro: "isso é só o começo".

A série parece prometer muito suspense e também algumas cenas mais fortes sobre as vítimas. Então se você é sensível ou tem pavor de sangue e pessoas mutiladas, talvez essa não seja a melhor opção.



Eu gostei muito do episódio piloto e vou confessar: adoro séries policias, especialmente com serial killers, como The Mentalist, Dexter e as espisódios especiais de Psych.
Essa estreia veio junto com uma inundação de novas séries, como Utopia: "A história acompanha um grupo que, ao encontrar um manuscrito de uma revista em quadrinhos não publicada, se vê envolvido em uma série de eventos de caráter conspiratórios.Cinco jovens fazem parte de um fórum online sobre histórias em quadrinhos. Quando eles encontram o manuscrito de "The Utopia Experiments", decidem marcar um encontro para se conhecerem pessoalmente. Logo eles descobrem que estão sendo vigiados por uma organização conhecida como The Network, que está interessada no manuscrito."



Também estreou a tão aguardada série The Carrie Diaries, baseado nos livros de mesmo nome da autora Candace Bushnell e retrata a vida de Carrie no último ano do ensino médio. É um prelúdio da tão famosa série Sex and the City.



Elementar, Caros Leitores

Acho que já adivinharam de quem se trata esse post. Sim, finalmente comecei a ler as obras de Sir Arthur Conan Doyle sobre o mais famoso detetive dos últimos tempos: Sherlock Holmes.

Aproveitei minha fase favorável à romances e séries policiais/investigativas e comecei a andar um pouco com o meu projeto. Comecei a com "Um Estudo em Vermelho", que conta como Watson conheceu Holmes e trata do primeiro caso que eles resolvem juntos.

De uma forma bem estranha, Sherlock é encantador, apesar de ser convencido e petulante. Ele tem sempre aquele ar de sabe-tudo e na maioria das vezes tem uma resposta sarcástica para refutar os outros inspetores da Scotland Yard.
Mesmo assim, há momentos em que ele é simpático e algumas vezes fica sem graça quando elogiam sua capacidade de observar e deduzir. Extravagante, tem meios de estudo não muito ortodoxos, sem contar que seus focos de pesquisa são aleatórios. Como o próprio Watson fica intrigado com tudo que Holmes sabe, mas também os tópicos mais básicos que ele ignora, este primeiro elaborou uma lista sobre os conhecimentos do companheiro de quarto, enquanto tentava descobrir sua misteriosa profissão:

1. Literatura: nada.
2. Filosofia: nada.
3. Astronomia¹: nada.
4. Política: fracos.
5. Botânica: variáveis. Conhece bem beladona, ópio e venenos em geral. Desconhece totalmente jardinagem.
6. Geologia: práticos, mas limitados. Reconhece, imediatamente, diferentes tipos de solo. Após suas caminhadas, mostra-me manchas de terra nas calças, sabendo dizer, pela cor e consistência, em que parte de Londres foram feitas.
7. Química: profundos.
8. Anatomia: precisos, mas sem método.
9. Literatura sensacionalista: imensos. Parece conhecer todos os detalhes de todos os horrores perpetrados neste século.
10. Toca violino bem.
11. É ótimo esgrimista, boxeador e espadachim.
12. Tem um bom conhecimento prático das leis britânicas.

Um Estudo em Vermelho, páginas 19-20.

¹ Sherlock não sabia que a Terra girava em torno do Sol;

Como os relatos são escritos por Watson, há momentos que não há muita profundidade nos pensamentos de Holmes, pois os que lemos são simples transcrições do que foi dito. Mas sem dúvida, esse detetive-consultor tem lugar cativo no meu coração e só de ver o como ele resolve os crimes, dá vontade de treinar minhas skills de observação.



Mas não sou apenas eu que estou passando pela fase Sherlock Holmes; atualmente, esse personagem tem aparecido em diversas releituras, tanto em séries de TV quanto em filmes, além da série de livros escrito por Andrew Lane -super fã das obras de Sir Arthur Conan Doyle-, que retratam Holmes adolescente.

Vamos começar falando da série Sherlock, da BBC. Nessa série, temos o clássico Holmes e o clássico Watson, cada um deles com personalidades bastante fiéis às retratadas nas obras. Mas, o tempo em que se passa a trama é o presente. Ou seja, computadores, laboratórios bem equipados e os dois escrevem um blog. Enquanto eu lia, as imagens da série vinham perfeitamente na lembrança e, de tudo que assisti relacionado a Sherlock Holmes, essa série é a que eu, particularmente, acho mais fiel. Até porque, os casos são baseados nos livros. Isso resulta em poucos episódios por ano -embora todos bem elaborados e com uma hora e meia de duração-; a terceira temporada vai começar em julho e eu mal posso esperar.

Logo em seguida, temos Elementary, da CBS. Aqui, Holmes está se recuperando do uso de drogas, muda-se de Londres para Nova Iorque e eis que seu pai contrata uma acompanhante de sobriedade que se chama Joan Watson. Sim, aqui temos UMA Dra. Watson. Eles convivem bem e Joan se acostumou bem rápido às esquisitices do seu "paciente". Diferente da série acima, aqui Sherlock é bem mais brincalhão e sedutor. Também tem lugar no tempo atual e, por isso, dispõe de tecnologias bem mais avançadas que às do livro. Como ele é consultor da polícia e há um episódio novo por semana, nem todos os casos são relatados em obras, embora seus amigos e inimigos levam os mesmos nomes e aparecem quase sempre.

Por fim, mas não menos importante, temos a série de filmes, estrelados por Robert Downey Jr e Jude Law. Esses se passam na época dos livros, com carruagens, vestidos bufantes e aparatos tecnológicos bem rudimentares. Já temos dois filmes lançados e o terceiro é esperado para novembro de 2014.

Acho que fica bem claro a fascinação por esse detetive de métodos duvidosos, de certeza sempre absoluta e de um gênio que, aparentemente, não é fácil desperta ainda hoje em pessoas de todas as idades. O que eu posso falar com toda certeza é que eu sou fã!

Você Sabia?

A tão famosa frase: Elementar, meu caro Watson não foi dita nenhuma vez por Sherlock Holmes nos livros escritos por Sir Arthur Conan Doyle, mas sim em um filme, que acabou marcando essa tão célebre frase como dita nas obras.


Resenha - Os Miseráveis

Sinopse: O fio condutor é o personagem de João Valjean, que, por roubar um pão para alimentar a família, é preso e passa dezenove anos encarcerado. Solto, mas repudiado socialmente, é acolhido por um bispo. O encontro transforma radicalmente sua vida e, após mudar de nome, Valjean prospera como negociante de vidrilhos, até que novos acontecimentos o reconduzem ao calabouço.

fonte: Skoob

A história começa retratando o encontro entre um bispo, muito sábio e caridoso, e um ex-condenado chamado João Valjean. E a partir desse encontro esta última personagem sofre uma mudança de caráter inimaginável. Assim, começamos a seguir a trajetória da sua vida assim como a de outros personagens que passam por ela.

"Então, a cabeça branca e venerável de João Vajean pendeu sobre a cama, aquele velho e estoico coração sentiu-se despedaçado, o rosto abismou-se-lhe, por assim dizer, no vestidinho de Cosette, e se alguém naquele momento tivesse passado pela escada teria ouvido assustadores soluços"


E isso é digno de nota: quantos personagens! Chegou um momento que eu confundia os que tinham nomes parecidos. Mas, apesar disso, todos eles são importantes e são amarrados na obra de tal modo que mais de uma vez eu pensei que não podia ser aquela pessoa que tinha chegado naquele lugar.
Há aqueles que cativam e pelos quais você torce pela felicidade como Cosette e o próprio João. Não que sejam os únicos que sofrem no decorrer do livro, mas pelo menos para mim, eu torcia desesperadamente que tudo desse certo no final.
Como não poderia faltar, tem-se os personagens detestáveis e insuportáveis e esse posto fica, sem dúvida, com o casal Thenardier. Tudo o que eles fazem é digno de raiva e de torcida desfavorável.

A obra retrata momentos históricos muito importantes na história francesa: a batalha de Waterloo e as revoltas de 1832. Para quem não gosta muito de cenas históricas, podem ter capítulos mais maçantes que outros, mas todos eles são válidos, tantos para a história da obra quanto para conhecimento de mundo.

Eu achei muito forte no livro a descrição tanto das pessoas como dos lugares em que elas viviam. E de repente o título do livro tomou um significado completamente diferente. Um noção de miséria que eu tenho não se compara com a realidade deles; eu não sei o que é passar frio, fome ou humilhação tão grande como a deles.
E, na minha humilde opinião, é o maior ponto do livro. A descrição das dificuldades e do como elas foram vencidas. Eu adorei a leitura, não é de vocabulário complexo e valeu cada pedacinho, mesmo aqueles que eu ficava com uma raiva imensa.

"Repitamos o grito: Luz! Mas repitamo-lo obstinadamente! Luz! Luz! Não são as revoluções, transfigurações?"


Confesso que o que mais me deu vontade de ler o livro foi o filme que será lançado muito em breve, no início de fevereiro. O filme aparenta ser uma super produção, com o formato de musical e que conta com a presença de muitos atores renomados, como Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried e Helena Bonham Carter. Quem está animado com a estreia?

Minha classificação final:



Coisas que talvez você queira saber

Autor: Victor Hugo;
Editora: Várias, mas a da ilustração acima, Cosac Naify;
Ano de Lançamento: 1862;
Páginas: 1280



Of Monsters and Men

Primeiro post musical, YEY. E a primeira banda que eu venho falar hoje é a minha queridinha atual: Of Monsters and Men.

A banda foi formada em 2010 na Islândia e é composta por sete pessoas: Nanna Bryndís Hilmarsdóttir -vocais e guitarra-, Ragnar "Raggi" Þórhallsson -também vocal e guitarra-, Brynjar Leifsson -guitarra-, Arnar Rósenkranz Hilmarsson -bateria-, Árni Guðjónsson -teclado-, Kristján Páll Kristjánsson -baixo- e Ragnhildur Gunnarsdóttir -trompete-.



Só para desencargo de consciência, eu também não sei falar o nome deles e tive que pesquisar no Mr. Google como se escrevia.

Eles tem uma pegada toda indie folk que atribui às músicas aquele tom mais tranquilo, que não cansa de ouvir. Pelo menos para mim, transmitem calma com as melodias mais lentas e animam quando aceleram o ritmo.

As próprias letras são cheias de significado e sentimentos, como em Little Talks ou Love, Love, Love.





Eu me lembro exatamente como tomei conhecimento da banda: por curiosidade, eu estava procurando músicas de uma outra banda, mas com um nome muito parecido: Of Mice & Men (agora porque eu estava procurando por eles, eu não sei). A verdade é que a preguiça selecionou o primeiro link que apareceu e comecei a ouvir. Foi amor ao primeiro vídeo! E desde então, não parei mais de ouvir e de aprender as letras!



A banda tem um EP chamdo "Into the Woods" e um álbum de de estúdio denominado "My Head is an Animal" e deste último saiu seu single, talvez, mais famoso: Little Talks

Para os que gostaram da banda, eles vem para o Brasil nesse ano, para o primeiro dia do Lollapalooza, 29 de março. Estou aceitando doações de ingressos... ;)

Resenha - Orgulho e Preconceito

Sinopse: Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

fonte: Skoob



A princípio, queria ler Orgulho e Preconceito só pela curiosidade de conhecer um dos clássicos britânicos mais famosos e tentar entender porque tantas pessoas eram apaixonadas por ele.

Tenho que confessar que eu sabia bem pouco da história -apenas os nomes dos personagens centrais- e não sabia a relação da narrativa com título. Quando eu comecei a ler, não me senti muito atraída, talvez até por não ser um tipo de leitura a que eu estou acostumada. Mas no decorrer da história, não tem como não se encantar com Elizabeth, a protagonista da trama. Dona de uma vivacidade e conceitos não muito próprios para a época, é a favorita do pai -Mr. Bennet- e da irmã mais velha, Jane. Tem um ótimo coração e deseja ver a felicidade da família, bem como a mudança de caráter de alguns parentes.

"Em vão venho lutando comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

Discurso de Mr. Darcy para Elizabeth. Será que ela o corresponde?



Outro personagem, tão importante quanto Elizabeth para o desenrolar dos fatos, é Mr. Darcy, importante nome da sociedade inglesa, com terras, dinheiro e influência. No começo, sua postura é insuportável de tão mesquinha e orgulhosa. Mas com o passar dos capítulos, mostra-se uma mudança grande nas ações deste e é claro que o fator propulsor disto é o amor. Conforme essa paixão ia sendo trabalhada, mais eu me apaixonava pelo livro e pela escrita de Jane Austen.

Fica bem claro, conforme se sucedem as cenas, a razão do nome do livro. Tanto o orgulho quanto o preconceito de várias pessoas levam a quase infelicidade dos personagens, me levando a concordar com um dos trechos da fala de Mary -uma das irmãs Bennet- sobre o assunto:

"O orgulho, observou Mary, que se vangloriava da solidez de suas reflexões, é um defeito muito vulgar, creio eu. Depois de tudo que li, estou deveras convencida da sua vulgaridade, que a natureza humana lhe é particularmente atreita e que são raros aqueles entre nós que não nutrem um sentimento de condescendência própria baseado numa ou outra qualidade, real ou imaginária"

Um dos discursos sólidos de Mary.



Mas nem só de pessoas amáveis é feito o livro. Há também aqueles que despertam uma certa raiva como a mãe das meninas, por exemplo. Mrs. Bennet é exagerada, volúvel, de pouca delicadeza e só consegue sonhar em conseguir bons maridos para todas as filhas.
Mr. Collin é outro exemplo de pessoa detestável. Primo da família Bennet, sempre pensa que é melhor que os outros, que detém propriedade para falar sobre determinados assuntos, é maçante, exagera nas desculpas e nos elogios e não consegue ficar calado.
Mr. Wickham é o último daqueles que me deixou com raiva. Mentiroso descarado, de má índole e que por muito pouco não deixou na desgraça a família de Elizabeth. A princípio, é normal achar que ele é um senhor gentil e que sofrera uma terrível injustiça. Mas assim que se descobre seu real caráter, não tem como não achá-lo patético.

Algo que me incomodou um pouco foi a falta que eu senti de descrições mais aprofundadas sobre aspectos físicos de pessoas e de lugares; não que isso tenha atrapalhado minha consideração final da obra, já que ela é -sem dúvidas- uma das minhas favoritas de agora em diante. É muito bom entender, um pouco que seja, da mentalidade da época, muito diferente da nossa hoje. Quem nunca teve vontade de, pelo menos uma vez, ir a um daqueles bailes?

A obra de Jane Austen ganhou, em 2005, adaptação para o cinema, com Elizabeth sendo interpretada por Keira Knightley e Mr. Darcy por Matthew Macfadyen. Eu nunca cheguei a assistir o filme, então não posso dizer se é fiel à obra ou não.

O livro ganhou o meu amor e com certeza é uma ótima indicação para quem quer um romance histórico ou um clássico da literatura.

Minha classificação final:

Coisas que talvez você queira saber

Autor: Jane Austen;
Editora: Várias, mas da ilustração acima, Abril Coleções;
Ano de Lançamento: 1813;
Páginas: 427



Resenha - A Revolução dos Bichos

Sinopse: Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século 20, "A Revolução dos Bichos" é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A Revolução dos Bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto.

fonte: Skoob



A história começa na Granja Solar, local onde vários animais trabalham para um humano chamado Jones. Esse homem é um tirano bêbado que pouco ou nada se importa com as criaturas que vivem ali. Logo no início, um dos porcos, chamado Major reúne todos para que escutem sobre um sonho que ele teve. Major sonhara com uma revolução e que, através dela, acabariam com a soberania humana e poderiam enfim viver numa sociedade igualitária, com os bichos produzindo apenas para si mesmos, sem exaustão e sem lucro.

A ideia pareceu boa aos ouvidos de todos os animais, principalmente àqueles com uma inteligência um pouco mais desenvolvida -os porcos-. Durante alguns meses, eles andaram pela granja tentando convencer os animais a aderirem ao movimento, mostrando o quanto seria proveitoso para todos se esta acontecesse. Um dia, por descuido de todos os trabalhadores da granja, os bichos ficam sem comida e acabam se rebelando.

"Nascemos, recebemos o mínimo de alimento necessário para continuar respirando e os que podem trabalhar são forçados a fazê-lo até a última parcela de suas forças."

Parte do discurso de Major, após seu sonho.



Finalmente conseguiram expulsar os humanos! E assim começa a primeira experiência do Animalismo na história. Os porcos assumem o papel de comandar assembleias em que o destino da granja, agora chamada "Granja dos Animais" e a função de cada um seriam decididos. Elaboraram 7 Mandamentos que deveriam ser seguidos à risca. Mas com o passar do tempo, os líderes porcos se corromperam e passaram a agir de maneira muito pior do que Jones e seus homens. No final, tudo aquilo pelo que lutaram estava destruído e até os Mandamentos foram mudados para atender as vontades daqueles que detinham o poder.

Aparentemente, essa história pode se passar por infantilidade mas é preciso estar atento às entrelinhas. Como muitos sabem, a história narrada é uma referência à situação pela qual a Rússia passava, após a Revolução de 1917. Major é associado á figura de Lenin, Bola-de-Neve é associado à Trotsky -era o porquinho mais engajado no melhoramento da granja- enquanto Napoleão era a figura de Stalin. Há, portanto, uma crítica muito forte ao stalinismo mostrando que, embora se rotulassem como socialistas, muito pouco foi pensado sobre o povo nas ações tomadas pelo governo.

"Animal nenhum deve morar em casas nem dormir em camas, nem usar roupas, nem beber álcool, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem fazer comércio. Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais. Todos os animais são iguais."

Ainda um trecho do discurso de Major.



É bem forte no livro a presença de Garganta, o porco responsável por conseguir amenizar a situação na fazenda com o poder da lábia. Além disso, há uma série de mudanças na história real sobre o que aconteceu durante a revolução e o que é mais revoltante: todos engolem as histórias contadas. Os cavalos preferem trabalhar à pensar mais sobrem o passado; as ovelhas só querem balir que "Quatro pernas bom, duas pernas ruim." ou, mais adiante "Quatro pernas bom, duas pernas melhor"; e os cães apenas andam atrás dos porcos.

Todos os mandamentos acabam distorcidos, até que, por fim, o mais importante deles é alterado de "Todos os animais são iguais" para "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros."

Com certeza, essa é uma leitura obrigatória porque nos coloca para pensar como, mesmo hoje, somos pouco críticos; como nos deixamos levar por sombras de ameaças; como preferimos seguir nossas vidas do que parar para analisar uma situação e lutar por direitos, por melhorias. Quantas vezes somos egoístas o bastante para não olhar do lado e ver a bagunça em que nos encontramos?

"As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco."

Parágrafo final da obra.



Bom, já escrevi muito, dei minha opinião talvez mais do que deveria e só queria encerrar reafirmando: o livro é ótimo, de linguagem fácil e muito bom de se ler quando temos o cenário histórico no fundo; super recomendação para o ano que está começando.

Minha classificação final:

Coisas que talvez você queira saber

Autor: George Orwell;
Editora: Várias, mas da ilustração acima, Companhia das Letras;
Ano de Lançamento: 1945;
Páginas: 152



* Você sabia? George Orwell também é autor do livro 1984, distopia muito famosa que serve de crítica tanto para a sociedade dele quanto para a nossa. Além disso, A Revolução dos Bichos tão tem seu formato cinematográfico, lançado em 1999. Assisti há muito tempo e por isso não me lembro bem, mas não vale a pena trocar o livro pelo filme.

A is back!



F-I-N-A-L-M-E-N-T-E! Depois de um interminável hiatus, a série de TV Pretty Little Liars está de volta. O episódio 14 da terceira temporada, intitulado "She's Better Now" voltou ontem, 8 de janeiro, com cenas de prender a respiração, revelações importantes e as quatro meninas mais adoráveis do mundo dos seriados.

Para aqueles que não sabem, a história é sobre quatro garotas: Aria Montgomery, Spencer Hastings, Hannah Marin e Emily Fields são grandes amigas que se uniram ao redor da amizade de Alison DiLaurentis, alguém que guardava mais segredos do que se imagina ser possível. Durante um ano, Alison fica desaparecida até que seu corpo é encontrado no jardim de sua antiga casa. A partir daí as quatro amigas passam a receber mensagens contendo seus mais enterrados segredos e todas elas vem com uma assinatura: A.

A série já está na metade de sua terceira temporada e toda vez que você pensa que descobriu tudo que tinha para ser descoberto, aparecem mais e mais segredos. Até agora, a trama continua envolvente porque, queira você ou não, vai acabar se apaixonando pelos personagens. O romance e o humor são constantes nos episódios e é claro que todos aguardam os segundos finais para ver o que aquele ser vestido inteiro de preto está preparando para os moradores de Rosewood.

A série é baseada na série de livros de Sara Shepard, lançadas aqui no Brasil pela editora Rocco. Ainda não tive a oportunidade de ler os livros, mas eles estão na minha lista para serem lidos num futuro próximo *espero*. Até onde eu sei, serão doze livros, sendo que somente seis foram lançados aqui no Brasil por enquanto.

Enquanto não tenho os livros, me contentarei em assistir os episódios - que vão ao ar as terças-feiras, pela rede ABC Family - e em ver Toby, Ezra, Jason, Caleb...



Got a secret, can you keep it? Swear this one you'll save. Better lock it in your pocket, taking this one to the grave. If show you than I know you won't tell what I said.
'Cause two can keep a secret if one of them is dead.


* Clique nas imagens para ver de onde elas vieram *

Resenha - Um Dia

Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

fonte: Skoob



Bom, Um Dia é um livro que eu era louca para ler, mas toda vez que ia comprar um livro, acabava optando por outro e assim foi, até que eu ganhei o meu de presente. Eu literalmente devorei sem piedade aquelas páginas e não me arrependi. É certo que já tinha assistido o filme e por isso as grandes surpresas se estragaram, mas mesmo assim... Foi tão bom quanto esperava!

A vida de Emma e Dexter nos é contada a partir da formatura de faculdade deles, dia 15 de julho de 1988 e, a partir desse dia, os dois conseguem construir uma amizade linda, verdadeira e apaixonante. Ano a ano, vê-se as pequenas transformações que acontecem em suas vidas e o quanto a presença de um para o outro é extremamente importante e necessária.

Emma, por vários anos, leva uma vida pouco movimentada, trabalhando num lugar que ela detesta e namorando uma pessoa que ela não ama. Dexter, por sua vez, está sempre vivendo no seu limite, saindo com quantas garotas for possível e acreditando que está no caminho certo. Mas, conforme os anos passam, quem lê tem cada vez mais certeza de que algo está muito errado, pois nenhum dos dois está satisfeito com suas escolhas.

O que mais me marcou no livro foram as sensações de melancolia e de frustração, presentes quase que sempre no decorrer da história. Por mais que seja um romance, realmente me colocou pra pensar porque eu me irritei muito com a falta de atitude deles mas não tenho certeza se eu reagiria, caso a minha vida estivesse nesse caminho.

Outro ponto bem interessante é perceber que, mesmo sem querer, as prioridades, os pensamentos e até mesmo as crenças das personagens vão mudando no transcorrer das páginas, o que foi bem explicado por Tony Parsons na primeira página do livro: "Um Dia" é " um livro brilhante sobre o assombroso hiato entre o que éramos e o que somos".

O único ponto que realmente me deixou irritada no livro foi que David Nicholls detalhou tão bem algumas cenas e deu tão pouco atenção para uma passagem MEGA importante... Foi muito frustrante e eu realmente me decepcionei um pouquinho com aquela página. Mas eu acredito que esse deslize foi -em partes- compensado nos capítulos seguintes.

Para os que assistiram o filme, a leitura é mais que recomendada, obviamente, por conter cenas que não são mostradas no filme E por causa das cartas trocadas entre os dois -o capítulo 3 é tão perfeito que não tenho palavras para explicar-. É uma leitura boa, gostosa e que ao mesmo tempo pode te fazer pensar um pouco.

Minha classificação final:

Coisas que talvez você queira saber

Autor: David Nicholls;
Editora: Intrínseca;
Ano de Lançamento: 2009
Páginas: 410



fonte dos gifs: todos pesquisados no weheartit, aqui e aqui